No dia 10 de agosto de 2012, o escritor Jorge Amado completaria 100 anos de vida. Nascido em Itabuna (Bahia) em 1912, ele é celebrado como um dos maiores nomes da literatura brasileira. Falecido em 2001, seus livros ultrapassam as fronteiras do país. Sua obra é ampla e de forte caráter social. Como poucos, soube emprestar sua alma a uma miríade de personagens cuja sensualidade e a crítica social estão marcados na pele e nas palavras. No entanto, o romancista é um desses autores cujos personagens, muitas vezes, são mais conhecidos fora das páginas dos seus livros do que dentro. E de quem é a culpa? Da televisão, do teatro e do cinema.
Atualmente, uma de suas obras mais conhecidas e premiadas, "Gabriela, cravo e canela" está no ar pela Rede Globo, na forma de uma novela. Esta é, por sinal, a terceira vez que o romance é adaptado para a TV. A primeira vez em que a personagem Gabriela saiu das páginas do romance (publicado em 1958) para as telas da televisão foi na extinta TV Tupi. Isso foi em 1960, apenas dois anos após a publicação do livro. Gabriela era interpretada, então, por Janete Vollu. No momento, quem empresta seu corpo e sua voz à personagem "símbolo da mestiça brasileira", segundo o próprio Jorge Amado, é a bela Juliana Paes. Em 1975, quem encarnava Gabriela na TV era Sônia Braga, na primeira versão da novela feita pela Globo.
No entanto, para falar de todos os livros de Jorge Amado adaptados para as diferentes mídias precisaríamos de um livro inteiro, e não só de um artigo. Outros romances do autor foram adaptados para o teatro, cinema e televisão, alguns mais de uma vez. "Capitães da Areia", de 1937, por exemplo, chegou à TV como uma minissérie pela Rede Bandeirantes em 1989. O romance "Tieta do Agreste", de 1977, foi adaptado tanto para a televisão como para o cinema. Nas telonas, quem fez o papel da personagem principal foi Sônia Braga, uma das atrizes brasileiras mais reconhecidas internacionalmente. Outra adaptação famosa de sua obra (para o cinema) é a do romance "Dona Flor e seus dois maridos", de 1966, com a mesma Sônia Braga no papel principal.
E não só de literatura viveu Jorge Amado. Ele teve posição ativa na política. Em 1945, foi eleito Deputado Federal pelo PCB. É de sua autoria, por exemplo, a emenda que garante a liberdade de culto religioso no Brasil. No entanto, sua ligação com o Partido Comunista Brasileiro, tornado ilegal em 1947, o levou ao exílio por mais de uma vez, obrigando-o a viver na Argentina, Uruguai, França e República Checa. No retorno ao Brasil ele afastou-se da política. A partir de 1955 passou a dedicar-se apenas à literatura. Em 1961 foi eleito para a cadeira de número 23 da Academia Brasileira de Letras.
A honra de vestir o famoso fardão é apenas uma em sua longa e produtiva carreira. Jorge Amado foi laureado com diversos prêmios nacionais e internacionais. Em 1994, ele recebeu o Prêmio Camões, um dos mais importantes da língua portuguesa. Por duas vezes (1959 e 1995), o romancista venceu o Prêmio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira. Internacionalmente destacam-se os prêmios: Stalin da Paz (União Soviética, 1951), Latinidade (França, 1971), Nonino (Itália, 1982), Dimitrov (Bulgária, 1989), Pablo Neruda (Rússia, 1989), Etruria de Literatura (Itália, 1989), Cino Del Duca (França, 1990) e Mediterrâneo (Itália, 1990), entre outros.
Obras de Jorge Amado:
Atualmente, uma de suas obras mais conhecidas e premiadas, "Gabriela, cravo e canela" está no ar pela Rede Globo, na forma de uma novela. Esta é, por sinal, a terceira vez que o romance é adaptado para a TV. A primeira vez em que a personagem Gabriela saiu das páginas do romance (publicado em 1958) para as telas da televisão foi na extinta TV Tupi. Isso foi em 1960, apenas dois anos após a publicação do livro. Gabriela era interpretada, então, por Janete Vollu. No momento, quem empresta seu corpo e sua voz à personagem "símbolo da mestiça brasileira", segundo o próprio Jorge Amado, é a bela Juliana Paes. Em 1975, quem encarnava Gabriela na TV era Sônia Braga, na primeira versão da novela feita pela Globo.
No entanto, para falar de todos os livros de Jorge Amado adaptados para as diferentes mídias precisaríamos de um livro inteiro, e não só de um artigo. Outros romances do autor foram adaptados para o teatro, cinema e televisão, alguns mais de uma vez. "Capitães da Areia", de 1937, por exemplo, chegou à TV como uma minissérie pela Rede Bandeirantes em 1989. O romance "Tieta do Agreste", de 1977, foi adaptado tanto para a televisão como para o cinema. Nas telonas, quem fez o papel da personagem principal foi Sônia Braga, uma das atrizes brasileiras mais reconhecidas internacionalmente. Outra adaptação famosa de sua obra (para o cinema) é a do romance "Dona Flor e seus dois maridos", de 1966, com a mesma Sônia Braga no papel principal.
E não só de literatura viveu Jorge Amado. Ele teve posição ativa na política. Em 1945, foi eleito Deputado Federal pelo PCB. É de sua autoria, por exemplo, a emenda que garante a liberdade de culto religioso no Brasil. No entanto, sua ligação com o Partido Comunista Brasileiro, tornado ilegal em 1947, o levou ao exílio por mais de uma vez, obrigando-o a viver na Argentina, Uruguai, França e República Checa. No retorno ao Brasil ele afastou-se da política. A partir de 1955 passou a dedicar-se apenas à literatura. Em 1961 foi eleito para a cadeira de número 23 da Academia Brasileira de Letras.
A honra de vestir o famoso fardão é apenas uma em sua longa e produtiva carreira. Jorge Amado foi laureado com diversos prêmios nacionais e internacionais. Em 1994, ele recebeu o Prêmio Camões, um dos mais importantes da língua portuguesa. Por duas vezes (1959 e 1995), o romancista venceu o Prêmio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira. Internacionalmente destacam-se os prêmios: Stalin da Paz (União Soviética, 1951), Latinidade (França, 1971), Nonino (Itália, 1982), Dimitrov (Bulgária, 1989), Pablo Neruda (Rússia, 1989), Etruria de Literatura (Itália, 1989), Cino Del Duca (França, 1990) e Mediterrâneo (Itália, 1990), entre outros.
Obras de Jorge Amado:
- O País do Carnaval, romance (1930)
- Cacau, romance (1933)
- Suor, romance (1934)
- Jubiabá, romance (1935)
- Mar morto, romance (1936)
- Capitães da areia, romance (1937)
- A estrada do mar, poesia (1938)
- ABC de Castro Alves, biografia (1941)
- O cavaleiro da esperança, biografia (1942)
- Terras do Sem-Fim, romance (1943)
- São Jorge dos Ilhéus, romance (1944)
- Bahia de Todos os Santos, guia (1945)
- Seara vermelha, romance (1946)
- O amor do soldado, teatro (1947)
- O mundo da paz, viagens (1951)
- Os subterrâneos da liberdade, romance (1954)
- Gabriela, cravo e canela, romance (1958)
- A morte e a morte de Quincas Berro d'Água, romance (1961)
- Os velhos marinheiros ou o capitão de longo curso, romance (1961)
- Os pastores da noite, romance (1964)
- O Compadre de Ogum,romance (1964)
- Dona Flor e Seus Dois Maridos, romance (1966)
- Tenda dos milagres, romance (1969)
- Teresa Batista cansada de guerra, romance (1972)
- O gato Malhado e a andorinha Sinhá, historieta infanto-juvenil (1976)
- Tieta do Agreste, romance (1977)
- Farda, fardão, camisola de dormir, romance (1979)
- Do recente milagre dos pássaros, contos (1979)
- O menino grapiúna, memórias (1982)
- A bola e o goleiro, literatura infantil (1984)
- Tocaia grande, romance (1984)
- O sumiço da santa, romance (1988)
- Navegação de cabotagem, memórias (1992)
- A descoberta da América pelos turcos, romance (1994)
- O milagre dos pássaros, fábula (1997)
- Hora da Guerra, crônicas (2008)
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