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Prêmio Carioca de Contos 2025: Chance Imperdível para Novos Autores

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Atenção, escritores e escritoras da Cidade Maravilhosa ! Estão abertas as inscrições para o Prêmio Carioca de Contos 2025 , uma iniciativa cultural focada em descobrir e capacitar novas vozes da literatura . O objetivo do prêmio é selecionar 20 textos literários na modalidade conto. Os autores selecionados serão premiados com um valioso pacote de formação e qualificação, incluindo cursos, palestras e mentorias. É importante notar que a convocatória não envolve sorteio nem premiação em dinheiro, focando inteiramente no desenvolvimento dos autores. As atividades de formação ocorrerão online, através da plataforma do concurso, durante o primeiro semestre de 2026. Quem Pode se Inscrever? Este prêmio é focado em revelar novos talentos. Para participar, os candidatos devem atender aos seguintes critérios:  * Ser residente na cidade do Rio de Janeiro.  * Ter a partir de 18 anos de idade.  * Não estar inserido(a) como autor(a) no mercado editorial literário brasileiro . > O q...

1979, livro de Airton Uchoa Neto

1979, livro de Airton Uchoa Neto

1979 é o primeiro livro de poesia de Airton Uchoa Neto, autor do romance Crônica da província em chamas (2012). As poesias dialogam com uma Fortaleza antiga, nostálgica, mas ao mesmo tempo sombria e misteriosa. A partir do poemas de abertura, "O livro da amarela luz", o autor chegou a fazer um curta-metragem caseiro disponível no YouTube.  O livro está em campanha de financiamento coletivo, que pode ser acessado no link: https://benfeitoria.com/projeto/1979

Confira 3 poemas presentes no livro 

O vermelho da luz vermelha se acendeu sem eu

Precisar ter uma só lâmpada da cor, pois era nos quartos 

Secretos da mente. Era sempre nos quartos secretos

Da mente, eu pensava, até que a mente invadiu tudo, 

Como se a luz contida pudesse se derramar da lâmpada 

Quebrada e inundar tudo. O mundo era vermelho 

Sob a luz vermelha, a rua e a noite era vermelha 

Sob a luz vermelha. A vid’ era vermelha 

Sob a luz vermelha. Só eu que era um jarro inteiro e tímido, 

Com medo, ainda, da queda e do estilhaço. A tesoura,

Ao mesmo tempo erótica e o avesso de erótica,

De repente pareceu um objeto misterioso

De funcionamento misterioso.

...

Quem me dera conhecer no corpo vivo 

Os pontos vegetais em que já não corre seiva, a parte da planta que não dói.

Se não posso ser planta, quem me dera,

Ser um curioso animal só de unhas e cabelo.

...

Os caules internos, numerosos,

Que me tornam sozinho uma floresta inteira.

Os caules ocultos, intrincados, 

Mapeados no caderno de anatomia 

Onde homens e mulheres serenos e sem pele

Celebram a tranquilidade científica da última nudez.

Sobre o autor

Airton Uchoa Neto é Mestre em Literatura Comparada pela UFC. Autor do romance Crônica da província em chamas (2012) e codiretor, em parceria com André Moura Lopes, do curta-metragem O isolamento social do homônimo Quintino Cunha e seu lento metabolismo (2021). Participante esporádico de revistas, antologias e coletâneas literárias. Colaborador fixo da revista eletrônica Segunda Opinião. Revisor constante de traduções para a Biblioteca Pannonica (Consulado Geral Honorário da Hungria no Paraná), dedicada à divulgação da cultural e literatura húngaras em língua portuguesa. Atualmente é professor substituto de língua portuguesa na rede de ensino municipal da cidade de Fortaleza, onde nasceu e vive.

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