Por ADELI SELL
De bom grado, aceitei a provocação-pedido do amigo e escritor Maximiliano da Rosa para escrever para seu blog.
Falou-me de ineditismo dos textos a produzir. Eu tento mesmo que o tema seja igual ou similar fazer algo especial para cada mídia e para os leitores daquele espaço.
Venho ao longo deste 2023 provocando leitores/as a refletir sobre e a leitura. Lemos pouco, muito pouco, até teria havia diminuição de leitores no país. Os dados vêm das editoras e grandes livrarias. Por isso, escrevo sobre todos os livros que leio, sendo uma resenha ou uma dica breve.
Não podemos aceitar de forma alguma que se lê pouco. Conheci meu anfitrião lendo a Revista Paranhana Literário e de lá para cá já falamos muito, até LIVE fizemos. O papo gira sempre em torno de livros e leituras.
Em cada canto deste país existe um/a escritor/a. Eu diria que nos últimos dois decênios cresceu aqui no Rio Grande do Sul o número de escritores, as pequenas editoras, as publicações, os saraus, as feiras.
Até que ponto uma pesquisa ou censo alcança os livros como os que o Maximiliano e outros tantos escreveram nos últimos tempos? No geral, são publicações do Autor ou de pequenas editoras, sem contar o número de livros pela Internet. A bem da verdade, o que parecia que seria uma explosão como foi com o cinema e com a música, com o livro não aconteceu. Não chegamos depois de 2015 a mais de 15% em meio digital. Mas há livros e livros produzidos por este sistema.
Isto é, o livro não morreu, nem vai morrer. O livro vai existir sempre, porque sempre haverá um leitor.
No Brasil e no mundo se lê de tudo, os livros de autoajuda foram um certo porre em alguns momentos recentes. Antes tivemos a onda de livros de temas do Espírito.
A juventude se atracou em calhamaços de livros chamados de Literatura Gótica, com sérias volumosas do tipo Harry Potter.
E, então, o que dizer do “gibi”. Dias atrás aqui em Porto Alegre houve um mega encontro de leitores/as de TEX, de colecionadores. Em Porto Alegre tem uma das maiores editoras de RPG do mundo.
Neste momento, estamos vivendo a 69ª. Feira do Livro de Porto Alegre, a maior a céu aberto da América Latina. São dezenas e dezenas de feiras pelo Estado e pelo país afora. Na capital de junho de 2022 até agora foram realizadas 12 feiras no Chalé da Praça XV, em pleno Centro Histórico, com o maior sucesso.
Recentemente, em Igrejinha, houve um Festival Literário.
Logo, o que nos falta é chegar com mais força nas escolas, nas periferias, com bibliotecas escolares abertas e com novos acervos e nas bibliotecas comunitárias.
Temos que replicar em cada cidade o que acontece em Passo Fundo e São Leopoldo onde as prefeituras dão cheque-livro para professores e alunos.
Na capital está circulando um abaixo-assinado que pede ao prefeito para 2024 um vale-livro.
Nada como lembrar Francis Bacon (1561-1626):
Os livros têm grande importância em nossas vidas não só porque auxiliam na construção de nosso conhecimento, mas também porque nos trazem palavras de encanto, doçura e suavidade.
Adeli Sell é professor, escritor e bacharel em Direito. É organizador da Feira do Livro do Chalé da Praça XV. Contato: 51.999335309.
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