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Antônio Carlos Policer lança seu livro de poemas "(in)" pela editora Autografia

Antônio Carlos Policer lança seu livro de poemas "(in)" pela editora Autografia

Antônio Carlos Policer lança seu livro de poemas "(in)" pela editora Autografia. Graduado em Letras e pós-graduado em Semiótica e Análise do Discurso, ele começou sua produção literária aos onze anos de idade. Atualmente, é professor de Língua Portuguesa, Redação e Leitura da rede estadual de São Paulo.

O livro de poemas "(in)" é dividido em três partes temáticas. Na primeira parte, intitulada "coisica pouca", encontram-se poemas concisos e polissêmicos, característica principal da poesia de Policer. Na segunda parte, intitulada "admoestação pública", há poemas também concisos e polissêmicos porém de crítica à administração pública. Na última parte, intitulada "de onconha", encontram-se poemas mais difusos, líricos, reflexivos, intimistas. Nessa obra, o poeta se desnuda, para deleite dos seus leitores.

Interessados em adquirir o livro podem entrar em contato com o próprio autor em seu Instagram ou pelo WhatsApp: (17) 98200-8692.

Participe do Grupo "Concursos Literários" no WhatsApp. Clique aqui para entrar e SIGA-NOS no Instagram e Facebook

Confira abaixo alguns poemas do livro:

LABOR

Colho sozinho

(dia após dia)

fruto-poema

flor-poesia

das frondosas árvores

da hortografia.


FAZER AMOR


Como é que se faz amor?

O que se faz é arroz,

ovo frito, macarrão; amor, não.


No caderno da vovó

tem receita de bobó

e até de doce de jiló

(e de berinjela também)

mas, de amor, garanto, não tem.


Amor não se faz na cama;

na cama, se faz xixi.

Isso, em neném, eu vivi

mas amor nunca fiz, não.

Na cama, se ronca

e se leva bronca!


Dentro dos laboratórios,

os cientistas, vários,

entre bicos de Bunsen,

tubos de ensaio

e pipeta, nunca fizeram 

amor de proveta.


O amor não se fia.

Nem Glória e nem Maria

conseguem tecê-lo,

apesar do zelo ao fiar.


Engenheiro e arquiteto,

com todo conhecimento

(tijolo, concreto,

projeto, cimento)

não conseguem edificá-lo:

é impossível o intento!

E tudo vai para o ralo...


O amor, então, desperta?

Quieto! Deixe o menino

(o arqueiro pequenino)

dormindo com seu travesseiro

de nuvem;

flecheiro míope nascido,

anjo de candura 

e penujem. Anjo de travessura, isso sim!


Amor não se faz, nasce feito;

é um dever e um direito,

não tem prefeito e nem senhor.

Amor é dado, é de graça,

é beijo de moça na praça.

O amor? Ah, o amor...


O POETA ANDA TRISTE


Sinto que estou perdendo

o controle da minha vida, 

fragmentada em bits e bytes,

correndo por fibras óticas

e em ondas curtas de rádio.

Estou preso em uma rede!

A fumaça do cigarro leva angústias

mas traz outras que julgo não merecer.

Meu profissionalismo não passa

de um carimbo na CTPS.

Em menino,

como eu gostava de sonhar...

Mas não há mais sonhos.

O ateísmo tirou-me ilusões

que eu gostava de ter:

não tem mais volta.

É como se acendessem a luz

do quarto sempre escuro

e você descobrisse, enfim,

o que há lá dentro:

não há mais mistérios.

A vida? Ah!, a vida... Pensava mesmo que podia

alcançar o arco-íris. Nunca alcançarei.

Cheguei até a acreditar nos homens:

tolice minha. Mas um dia os intelectualizarei.

Sábias palavras as que não foram ditas,

não há perigo de incorrerem em mentiras.

Não há verdade, exceto a de que não há verdade. Há verdades.

Por vontade alheia criei arestas

que impedem maiores aproximações.

Não sou o tolo que represento.

Não gosto da artificialidade do mundo,

aparência em detrimento da essência:

a fragilidade dos materiais irrita-me.

Felizes os loucos!, sem preconceitos nem regras!

Felizes os loucos! Quem são os loucos?

O poeta anda triste

entre rostos e rosas e restos.

Entre concreto e asfalto, os fatos.

Entre amores e objetos, os fetos.

Fiz o máximo que pude

mas o máximo não foi o suficiente

porque as pessoas querem sempre mais. E eu não quero nada.


onirismo


o sonho

é um agá

que caiu no sono...


nova antropofagia


e o verbo

se fez carne

e se comeu


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