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Mastigo um verbo até que ele confesse o futuro.

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O mundo está de cabeça pra baixo. Charlie Kirk foi baleado, Bolsonaro , condenado, foi parar no hospital. Eduardo Bueno , o escritor e historiador gremista não vai para o céu. Foi cancelado pela PUC por causa das redes sociais. Não é censura, só conservadorismo.  Trump está certo? É preciso mandar o povo de volta para casa? Lá nos EUA, problema é deles e nosso. A taxação que o diga. Desemprego para os brasileiros.  Mesmo assim, o prefeito da cidade fundada por Dom Pedro , endividada, só quer fazer festa e chamar o cantor Leonardo para animar o Povo. O petismo é uma dor?  Não sei. Me passa pela cabeça que a insatisfação com a vida, gera gente que não larga o celular e as redes sociais. Poucos ainda mergulham nos livros. Ler Raphael Montes para quê? Se você abre a ZH e fica face a face com a crueza do mundo. Uma mulher na mala, aos pedaços. Perna no rio. A realidade permeada de desavenças compete com a ficção. E vence.  Culpa de quem? A paciência é quase nula. O...

Rimbaud e nós - Por Everton Cidade

Rimbaud e nós - Por Everton Cidade

Demorei para ler os poemas de Rimbaud completos. Na biblioteca da minha cidade não havia livros de sua poesia ou prosa. Mas havia duas biografias. E nelas alguns poemas. E nesse pouquinho das letras dele fui arrebatado. 

Mas também o fui pela hipérbole de sua vida filme. Rimbaud (que assim como Patti Smith, erroneamente chamei no principio de Rimbaud) me pegou pelas ancas. Nele começa a trajetória do punk. Do andarilho. Do viva intensamente aguente as consequências. As primeiras citações sobre  Rimbaud que captei foram de artistas pop como Jim Morrisson, Echo And The Bunnymen e Cazuza.

Eu tinha 16 anos. Anos 1980.

Eu imaginava, pelo pouco que tinha lido nas biografias , os poemas de Rimbaud. E isso moldou minha escrita. Moldou minha juventude. Queria pecar e errar como ele. Estar à deriva. Quando imaturos e inexperientes só vemos o glamour das tragédias , da solidão e da fome. Não pensamos nas dores e nem mesmo no mau cheiro do mundo. Eu segui forcei a barra para  ter experiências semelhantes e algumas consequências me acompanham mesmo hoje aos 50 anos.

Quando consegui meu primeiro Livro do Rimbaud — quão diferente dos poemas que eu imaginava, tão melhor! — tradução de Lêdo Ivo.

Recebi minha tábua de esmeraldas.

E se às vezes , relendo suas obras o acho apenas um menino mimado raivoso ou uma criatura alien, é muito mais pelo meu humor do que pelos escritos.

Rimbaud é. E está no éter.

Sobre o autor

Everton Cidade é músico e escritor.

Tem 5 livros publicados. 

O mais recente é COHAB GOYA (Editora Folheando) e está em campanha de pré-venda de seu livro Poemas Neon pela Taup. Clique no link a seguir para conferir e apoiar: https://benfeitoria.com/projeto/poemasneondeevertoncidade

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