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Mostrando postagens com o rótulo Everton Cidade

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Mastigo um verbo até que ele confesse o futuro.

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O mundo está de cabeça pra baixo. Charlie Kirk foi baleado, Bolsonaro , condenado, foi parar no hospital. Eduardo Bueno , o escritor e historiador gremista não vai para o céu. Foi cancelado pela PUC por causa das redes sociais. Não é censura, só conservadorismo.  Trump está certo? É preciso mandar o povo de volta para casa? Lá nos EUA, problema é deles e nosso. A taxação que o diga. Desemprego para os brasileiros.  Mesmo assim, o prefeito da cidade fundada por Dom Pedro , endividada, só quer fazer festa e chamar o cantor Leonardo para animar o Povo. O petismo é uma dor?  Não sei. Me passa pela cabeça que a insatisfação com a vida, gera gente que não larga o celular e as redes sociais. Poucos ainda mergulham nos livros. Ler Raphael Montes para quê? Se você abre a ZH e fica face a face com a crueza do mundo. Uma mulher na mala, aos pedaços. Perna no rio. A realidade permeada de desavenças compete com a ficção. E vence.  Culpa de quem? A paciência é quase nula. O...

CHOQUE | Por Everton Cidade

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Por Everton Cidade  Que nó temporal deu na cabeça de Paulo. Estava na feira do livro de sua cidade. Trabalhava numa livraria muito bacana. Pequena, mas lotada de escritores à margem do grande mercado. Tinha orgulho disso. E vendiam fanzines também. De todos tipos, materiais e assuntos. A livraria se chamava ÉREZ e tinha um público seleto e fiel. Na Feira, claro, isso ampliava muito. Eram pessoas diversas e de gostos tão diversos quanto. Era uma celebração que Paulo curtia. E outra coisa legal: escritores autografam seus livros pertinho do público. E foi numa sessão de autógrafo que Paulo viu Andressa. Andressa Salto. Escritora local que lançava seu primeiro livro de poesias. Andressa parecia muito com sua paixão de juventude. Mas não batiam as idades. Andréa, sua paixão, teria já seus 50 anos. Andressa no máximo 25 .Paulo tinha 50 anos.  Anos abarrotados de whisky e aluguéis pagos com atraso. Andréa teria 5O anos. Tinham a mesma idade. Mas ali estava Andressa. Com o cabelo ver...

Poema Prego | Everton Cidade

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Poema Prego Por Everton Cidade  Vem Do livro Vê o livro  Ve ndo livro  Compro harmonia  Amor. Amônia. Pela capa Espada ex Expandex  látex  Espanha de Lorca Palavra oca  Mix língua sub flor de giz Lora Lambi da hora Ler capítulo músculo  Do universo. Eu e vocês no verso do mesmo verso. Livra meu livro  Do louvor. Condição de benção : Bloco de notas mortas. Um novo livro Que arrogante ovo Gigante. Leva meu livro. Serei teu daqui por diante. Sobre o autor Everton Cidade é músico e escritor. Se gostou,  leia aqui  outro texto do autor. Tem 5 livros publicados Participe do Grupo "Concursos Literários" no WhatsApp.  Clique aqui para entrar  e SIGA-NOS  no  Instagram  e Facebook . Você também pode se inscrever em nosso boletim informativo " Concursos Literários e Literatur a" no Substack e ficar por dentro de novidades sobre o assunto. As atualizações são entregues direto na caixa de entrada do seu email....

Lendo Anne Sexton

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Por Everton Cidade  Estou ainda lendo a coletânea de poemas Compaixão (que palavra linda!) de Anne Sexton. Já havia lido seus poemas de forma esparsa e sabia do lirismo brutal e desavergonhado desses poemas. Mas ler esses poemas juntos num mesmo livro (poemas traduzidos pela poeta Bruna Beber e lançado pela editora /re.li.cà.rio/) é chocante. É desolador mas também engraçado, pois Anne Sexton usa de um humor sombrio para que seus poemas sejam absorvidos como é a vida de quem lida diariamente com Depressão. Aqui um poema engrandece o próximo. Lendo Anne Sexton lembrei das conversas com a poeta Leopoldense, maravilhosa, Rita Portela sobre o fechar de olhos social para o cansaço e o sofrimento que faz parte de ser mulher e mãe. O se deixar por outrem pode ser exasperante. Anne deixou seu corpo físico em 1974 com monóxido de carbono de seu carro em sua garagem. Foi uma celebridade literária e uma força urbana de tempestades. Leio o livro ouvindo Rádio Ethiopia da Patti Smith e a comb...

Como você lê?

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COMO VOCÊ LÊ? Poema de Everton Cidade   Como você lê ? Deitado, sentado. Ouvindo música. Em silêncio. Ouvindo a música do silêncio. Como você lê ? Anotando. Marcando em Neon caneta. Sorrindo. Fazendo sons e careta. Como você lê ? Obrigado. Com prazer. Educando. Rebelando. Aprendendo. Plagiando. Como você lê? No trem .No intervalo. Como se fosse segredo. Tarde da noite. Manhã cedo. Como você Lê? Se achando. Se divertindo. Sofrendo. Sentindo. Fazendo mistério. De coração. Para destruir império. Como você Lê? Como você lê livros, Você lê as pessoas. Como você lê? O quê. Sem por quê. De boas. Participe do Grupo "Concursos Literários" no WhatsApp.  Clique aqui para entrar  e SIGA-NOS  no  Instagram  e Facebook . Você também pode se inscrever em nosso boletim informativo " Concursos Literários e Literatur a" no Substack e ficar por dentro de novidades sobre o assunto. As atualizações são entregues direto na caixa de entrada do seu email. Gostou do cont...

Um Poema Para Patti Smith

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Um Poema Para Patti Smith  Escrito por Everton Cidade Patti Smith desmaiou no show Patti Smith levou Rimbaud no quadril para Nova York Ela pensou Baudelaire numa bicicleta quebrada Patti posou para fotos de fome procurando William Lee em Burroughs Uma dupla lua Ela deixou um bebê Pendragon em seu ninho e fugiu da fábrica  -Saara- disse ela. ,-Tenho minha cota de poemas para cumprir e o Oceano para remir- Ela ora para todos os Santos Os bons e os maus  Os caubóis e os motociclistas  Ela crê em Genet E assiste séries inglesas em hotéis escandinavos O desejo escondido no bolso traseiro de seu jeans de prisioneiro anjo de passagem trocando plumagem  Trocando pneu  De um Mustang cor de sangue Ela lê Murakami Essa é sua bagagem  .Estudantes perguntam sobre Lautréamont  Uma espada para Isabelle ,esposa de Caim, irmã de Rimbaud  O príncipe da paz secando Patti Smith, útero de luz Faz seu último número  Para um leve Cristo Em um distrito francês...

Entrevistamos o escritor Paulo Prestes

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Hoje publicamos uma nova entrevista com escritores no blog "Escrevendo Sobre Livros". As perguntas foram realizadas pelo nosso colaborador, o músico e poeta Everton Cidade e direcionadas ao escritor Paulo Prestes. Confira a seguir. Paulo Adilio Prestes Ferreira, natural de São Luiz Gonzaga, mora em São Leopoldo desde 1968. Formado em  História pela Unisinos. Professor aposentado. Casado com Magda Altafini, pai de Ana Cristina, Letícia e Iohana. Avô de João Paulo, Caio e Cleo. Autor de:  "Histórias Petistas do RS". "Para Além das Aparências: Um olhar sobre a Educação em São Leopoldo". "No Balanço do Trem". "Uma Infância nas Missões do RS, nos anos 1960: Muitas Histórias para contar". "Muita História na Biografia de João Corrêia", em parceria com Sônia Corrêa (in memorian). "São Leopoldo nos anos 1940, 1950 e 1960 nas graciosas memórias infanto-juvenis de Beatriz Plentz, em parceria com Beatriz Plentz. Faz parte da Academ...

Cidade entrevista Dominga Menezes e Gilson Camargo, autores de "Invisíveis: o lugar de indígenas e negros na história da imigração alemã"

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Nesta postagem o escritor, músico e poeta Everton Cidade entrevista Dominga Menezes e Gilson Camargo. Eles são os autores do livro do ano de São Leopoldo. No ano em que se comemora o bicentenário da Imigração Alemã no RS, " Invisíveis: o lugar de indígenas e negros na história da imigração alemã " apresenta um contraponto à narrativa oficial, destacando o papel dos imigrantes alemães e reconhecendo a contribuição significativa de indígenas e negros na região do Vale dos Sinos.  Segue ainda um texto sobre a obra com Geovane Lacerda. Cidade: 1. Como surgiu a ideia de fazer o "Invisíveis"? Dominga  – A ideia faz parte de uma pauta  que nos chama a atenção desde a década de 1990 e que, enquanto jornalistas, sempre nos mobilizou, a começar pela historiografia dos primórdios da imigração que repete de forma reiterada a versão do colonizador que chegou aqui construindo tudo e excluindo a presença e a contribuição dos povos originários e demais grupos étnicos que já vivia...

Uma entrevista com o poeta Júlio Alves

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Por Everton Cidade Júlio Alves é poeta de alma e corpo. Poeta dos detalhes líricos e mestre das divertidas semânticas , ele é da estirpe de Leminski e Piva. Tenho dois de seus livros: Concerto e De Ex-Tragos e Palavra Enguiçou (me falta Coisas que Escrevi e Você Diria Diferente ), e os considero livros para reler. Cada leitura nos traz uma surpresa. "Assim de palavra Em palavra Deixada ao chão Fico nú Peço e santifico Vida" — Júlio Alves Confira a entrevista especial concedida para o blog. Everton Cidade: Duas Caixas de Dinamite , teu livro novo, fala do quê? Júlio Alves: Poesia em verso quebrado, um livro mais biográfico que os anteriores, palavras feitas e tramadas pelo experimento chamado vida, forjado com leitura e observação do espaço e tempo onde existo. Fala de vida vivida, inventada e da leitura da vida de outros viventes que aqui deixaram rastros, pegadas feitas e tramadas de palavras. Por fim, um escrito existe ape...

LIVRO MEU AMOR

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Por Everton Cidade Ali estava. O livro. O livro que continha as mágicas de rodapé. Quanto tempo estive obcecado por ele! Agora, esperar o horário de almoço para ter com ele. Trabalho tranquilo o meu. Loja de brinquedos. Num shopping. Sou poeta. E essa é minha primeira publicação numa coletânea. Foi entregue aqui na loja mesmo. Disfarcei a entrega. Explicar que sou poeta para meus colegas é complicado. Não sou Mário Quintana . Daí fica difícil de captar a ideia. Tenho 20 anos. Escrevo desde que meu pai morreu , num assalto. Mãos pro alto em socorro! Eu queria ter me tornado o Batman. O vingador. O justiceiro mascarado. Matando de susto a chinelagem. Vestido de morcego nesse calor infernal que faz em Porto Alegre no verão. Não dá. E é caro, mano, treinar. Achar utilidades pro cinto de utilidades. Uma guaiaca de utilidades. Mas fui abençoado com a verve de poeta. Versinhos pra mãe batalhadora. Versinhos pra Ritinha, da carteira ao lado na quinta série. Até num concurso de melhor poema esc...

O Reino das Palavras - Crônicas do Cotidiano de Solano Reis (IGB livros)

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Solano Reis é formado em letras e direito é natural de Osório. Na rádio local foi redator de notícias, produtor, apresentador e repórter. Foi também repórter esportivo no Correio do Povo de Porto Alegre . Há décadas atua e publica como cronista nos jornais Novo Tempo, Correio do Litoral, Momento, Bons Ventos e Revisão, em Osório. Atualmente é Oficial de Justiça do Estado na Comarca de Osório. Em seu livro "O Reino das Palavras - Crônicas do Cotidiano de Solano Reis (IGB livros)" o cronista Solano Reis lida com o real e também sonha. Transforma. A licença poética é esse teletransporte ficcional, esse trampolim. Nessas crônicas viajamos por diversas épocas em uma mesma cidade, mesma região. A observação atenta do autor é aguda, esperta, por vezes irônica e engraçada. Sempre emocionante nas frases de bom gosto. Esse simpático (no melhor da definição da palavra) é sobre os mundos escondidos no cotidiano. O ritmo é de uma conversa na tardinha com amigos. É de ler de uma vez. Poi...

O que Realmente Importa?

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Por Everton Cidade Literatura importa? Realmente importa perante a vida? Alguns dizem que a literatura é maior que a vida. Exagero que me parece algo dito por algum esnobe intelectual ou um escritor que deu com as publicações n'água. Ou ainda algum slogan de editora. Como slogan é ótimo . Propaganda é alma do negócio. Mas não é a calma do negócio. Diariamente são lançados tantos livros que não conseguimos acompanhar. Mesmo de amigos . Tantos tem tanto a dizer? Creio que não. Mas nem esse é o ponto aqui. Publicar é um direito. Sou fanzineiro, oras! Mas a literatura me parece cada vez menos importante Parece um exercício de possibilidades. Um exercício de exibicionismo intelectual mais que uma necessidade de fazer arte ou comunicar. É o se ver em um livro. Mas estou sendo ranzinza. A literatura não é mais importante que o dia a dia ou um emprego ou o próprio bem estar. Literatura não tem que ter uma importância beatifica. Adoro livros em supermercado. (Cada vez temos menos). Farmá...

Escrever como Escritor

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Por Everton Cidade Escrevo como posso. Sou escritor de anotações. Tenho bloquinhos comigo sempre. E uso o celular também. Já tentei aquela máxima de escrever todo dia como um trabalho comum. Ou tantas páginas por dia. Para mim não funciona. Talvez pra você. Cada um escreve no método que melhor lhe apraz. Meu método nem método é. É um estilo de vida. Para mim não é caótico. É simples. Escrever é uma atuação. Gosto que não pareça trabalho. Acho mesmo um assunto chato falar sobre o que é a escrita para mim. Me constrange. É o íntimo inexprimível. E nem tudo que escrevo importa. Não perderia um livro por ter que mudar algo no texto. Sou arrogante o suficiente para achar que farei melhor ainda mudando. Se parece que sou leviano com minha escrita : sou mesmo. Uso aliterações e erros como ferramentas. Amo o nonsense perverso. Só me ressinto por ser hermético demais às vezes. Quero alcançar todas gentes. Mas nem me esforço tanto. Sou Macunaíma mas nem ...

Nick Cave

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Por Everton Cidade Nick Cave. Cantor e poeta das dores sombrias da alma. Seus discos com os Bad Seeds são o mais próximo de Baudelaire que um artista contemporâneo já chegou. Pois, bem. Cá uma memória. Eu e Max ( Maximiliano da Rosa ) trabalhávamos juntos numa loja de sapatos que oferecia uma vez por ano um fim de semana na cidade de Canela para os melhores vendedores. Era como uma festa para impressionar a base da loja. Nós os peões. Nós os peixes. Eu que já pouco me dava pelas pessoas e preferia amar pelos livros, estava apaixonado por Stela. Stela que lá estava conosco também. Eu era inseguro quanto ao que tínhamos. E insegurança me leva a tentar ser outra pessoa. Uma pessoa que se encaixe no agrado  do gado. Que me torne o beijo especial do desejo da pretendente. Mas sou um trapalhão. Tenho o charme de um Patolino. Nesse final de semana estava por ser essa outra coisa para que Stela tivesse certeza de ficar comigo. Fui dançar com ela (e uma turma, óbvio), fiz piadas tolas, most...

Sobre Guriziei, Zine de Giulian Henz Scarpatto

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Por Everton Cidade Que tapa. Que tapa bem dado esse Zine . É tão pessoal e também tão expositivo de seu autor que nos prende numa estupefação desde o primeiro verso. A poesia em Guriziei é toda soluço e desespero. Toda uivo. Toda submundo elétrico. Uma energia constante falando da realidade da diversão com pouca grana nas cidades brasileiras. Giulian é um poeta petulante e genial. As pétalas de suas flores pingam com o suor das juventudes eternizadas. Guriziei é um Zine lançado pela Glingy. Segue abaixo um poema de Scarpatto: Máquina Copé Corpos metálicos vazios  E folhas de papel Meu santuário ecumênico de cabos e fios Esvai todo liquor da minha espinha Reclamar talvez seja uma atitude  Egoísta e mesquinha Dezesseis reais e quarenta e dois centavos a hora Eu acho que todas  as pessoas só precisam de um lugar Onde sintam Pena de si ... Encomende pelas redes sociais da Glingy e do Escritor. Participe do Grupo "Concursos Literários" no WhatsApp.  Clique aqui par...

Caras Aventuras

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Por Everton Cidade Compro a revistinha do mês. Meus amigos compram as suas. Uma revistinha cada. Somos de famílias pobres. Somos um grupinho que escreve e desenha. Escreve, desenha e sonha. O que o título escolhido diz sobre quem fez a escolha? Cada um sabe o que habita na escuridão do seu coração adolescente. Ou ainda não.  As revistinhas da Editora Abril (li poucas da RGE ou da Ebal, na época). Minha revistinha era do Capitão América. A primeira que comprei era Cap versus Cap .Um cap que agiu nos anos de ausência de Steve Rogers volta para assombrá-lo. Tinha uma capa rosa linda com os dois idiotas vestidos de bandeira americana se socando. Ok, John Wayne contra John Wayne. Dois Rambos do Rambo 2. Mas o que me pegava era a conduta de Steve Rogers. O fazer certo (vá lá, daquele jeito americano cowboy). Mas mais que isso era o fato da personagem estar fora de seu tempo. Fora da sociedade contemporânea. Sua mente num tempo anterior. Talvez daí minha paixão pelas tramas de Philip K. D...

Trabalho Novo Trabalho

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Foto: Kabiur Riyad / Pixabay Por Everton Cidade As portas irão fechar. Meus pés serão alados, então. Serão sarados após esse serão de engolir sapos. Super bem que deu lucro. O sofrimento é laico; milagre, não. Carregar caixas e mais caixas (bom caxias que sou) dobrar roupas e esperar você passar em frente a loja com teus livros da biblioteca. E talvez entrar. E papearmos um pouquinho sobre o Drummond que tanto ama.  Estamos separados faz meses. Você cansou das minhas poses. Minha coluna mastigada por um puma. Minha oferta de paz jaz no jantar que não rolou. Ainda. Já separei uma playlist de jazz. Smooth jazz. Um cliente entrou na loja .E você passou Kid Flash pela frente da loja. O coração se prepara pro choro. Mas a mente sorri pela comissão. Amanhã é domingo. A loja só abre na tarde. Para nós nunca será tarde. Sobre o autor Everton Cidade é músico e escritor. Se gostou,  leia aqui  outro texto do autor. Tem 5 livros publicados.  O mais recente é  COHAB GO...

Sonhando Com Livros

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Por Everton Cidade Me veio soco. Assim Antônio pensou/acordou do sonho. A cara dela como um universo todo sobre ele. Assim foi no sonho. Era sono de remédio o sono de Antônio. E, disso vinha uns tremores, uma ressaca guarda chuva. Havia dormido lendo João Gilberto Noll. E no sonho, ela, que se chamava Esther lhe alcançava o livro Bandoleiros do autor. Os cabelos de Esther como sedosos tentáculos traziam o sol para a alcova de tristezas que vivia. E ele sentiu sua depressão esvair na finura da polpa da página do livro Esther sussurrou uma palavra em espanhol e um sol vermelho sangue tomou conta do corpo de Antônio. Assim foi no sonho. Mas também aconteceu assim. Bem cafona assim. Sobre o autor Everton Cidade é músico e escritor. Se gostou,  leia aqui  outro texto do autor. Tem 5 livros publicados.  O mais recente é  COHAB GOYA (Editora Folheando)  e está em campanha de pré-venda de seu livro Poemas Neon pela Taup. Clique no link a seguir para conferir e apoiar:...

Hilda Hilst, código: Arrebatamento

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Por Everton Cidade A primeira vez que li algo sobre Hilda Hilst foi numa Revista Planeta do meu amável Tio Luiz. Eram os anos 1980. A matéria era sobre a tentativa de Hilda de fazer contato com mortos através de aparelhos eletrônicos. Não lembro se falava de sua poesia . Lembro das páginas em preto e amarelo. E da foto da Hilda. Dama Hippie sacerdotisa. Nos anos 1990 num jornal de literatura que lia numa tarde modorrenta na Cohab-Feitoria, lá estava Hilda em foto e poemas. Uma foto dela moça e outra atual. Nada de amarelo. E eu li.  Li meu primeiro poema de Hilda. Vertigem. Tombo interestelar.  Rasgo de alma e desejo carnal.  Sua biografia despertou ainda mais curiosidade. Sonhei com a Casa Do Sol. No outro dia me fui para a biblioteca no centro da cidade, retirar o que podia dessa devoradora de si mesma. Hilda para mim criou códigos de abertura para outros mundos em seus escritos . Seus poemas, prosas, teatro e entrevistas são pergaminhos para andar no fogo. São a perver...

Um Rinoceronte Numa Superfície de Gelo

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Um Rinoceronte Numa Superfície de Gelo Por Everton Cidade Para os passageiros  Pássaros  Carros e cores Paracetamol essa noite O descanso  O desconto De nadar no Remanso  Sempre pronto Secar a fonte Com pudores Dores básicas  Uma armadilha Um anzol Afazeres de flertes Sendo o sol Na tarde úmida  Sumida nos cortes E nos testes  Escrevo salmos em sacos plásticos de lixo Pois a boa nova Está entre os cacos. Publicidade Sobre o autor Everton Cidade é músico e escritor. Se gostou,  leia aqui  outro texto do autor. Tem 5 livros publicados.  O mais recente é  COHAB GOYA (Editora Folheando)  e está em campanha de pré-venda de seu livro Poemas Neon pela Taup. Clique no link a seguir para conferir e apoiar:  https://benfeitoria.com/projeto/poemasneondeevertoncidade Participe do Grupo "Concursos Literários" no WhatsApp.  Clique aqui para entrar  e SIGA-NOS  no  Instagram  e Facebook CONHEÇA MEU LIVRO...

Diego Gerlach lança A Alvorada Dos Corações Macabros

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Por Everton Cidade  Diego Gerlach é gênio. Um gênio das HQs underground brasileiras. Seus Zines de início de carreira esgotaram e são pedidos até hoje. Suas publicações de maior popularidade (Nòia e Batata Quente) são ácidas e hiperrealistas. Gerlach é um gênio da ruptura. É um cara doce no limite do anti social.  Como um Lou Reed leopoldense ( da cidade de São Leopoldo) está imerso na decadência do centro da cidade sacando tudo. Ele sabe o mal que esconde o coração juvenil. Seu novo livro Alvorada Dos Corações Macabros (Pé De Cabra) é um trhiler pop que começa nos anos 1990 grunge. E cria uma rede de plot twist vertiginosa. É sobre ídolos perdidos e juventudes desperdiçadas. Publicidade Aqui estamos. Nos entretenha. Procure por Diego Gerlach em @vibetronxacomix. Participe do Grupo "Concursos Literários" no WhatsApp.  Clique aqui para entrar  e SIGA-NOS  no  Instagram  e Facebook Everton Cidade é músico e escritor. Se gostou da dica,  ...