Lendo Anne Sexton

Por Everton Cidade 

Estou ainda lendo a coletânea de poemas Compaixão (que palavra linda!) de Anne Sexton. Já havia lido seus poemas de forma esparsa e sabia do lirismo brutal e desavergonhado desses poemas.

Mas ler esses poemas juntos num mesmo livro (poemas traduzidos pela poeta Bruna Beber e lançado pela editora /re.li.cà.rio/) é chocante. É desolador mas também engraçado, pois Anne Sexton usa de um humor sombrio para que seus poemas sejam absorvidos como é a vida de quem lida diariamente com Depressão. Aqui um poema engrandece o próximo.

Lendo Anne Sexton lembrei das conversas com a poeta Leopoldense, maravilhosa, Rita Portela sobre o fechar de olhos social para o cansaço e o sofrimento que faz parte de ser mulher e mãe. O se deixar por outrem pode ser exasperante.

Anne deixou seu corpo físico em 1974 com monóxido de carbono de seu carro em sua garagem.

Foi uma celebridade literária e uma força urbana de tempestades.

Leio o livro ouvindo Rádio Ethiopia da Patti Smith e a combinação me parece perfeita.

Preguiçosa nada

Quando um preguiçoso, dizem,

Olha para o céu,

Os anjos fecham as janelas.

Anne Sexton no poema Frenesi.

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