Maximiliano da Rosa lança o livro de poesias "a hora de massacrar idílios"
Natural de Novo Hamburgo, RS, o escritor Maximiliano da Rosa caba de lançar seu terceiro livro, uma coletânea de poesias publicada pela Editora Toma Aí Um Poema, de Curitiba. A publicação intitulada "a hora de massacrar idílios" foi possível graças a seleção de originais realizada em meados de 2022.
À venda pela internet, a obra com 66 poemas escritos principalmente durante a pandemia e inclui a poesia "Sobrevivi", vencedora do IV Prêmio de Poesia Joaquim Távora.
Um detalhe interessante sobre "a arte de massacrar idílios" é em relação á capa, que conta com uma ilustração da filha do autor Beatriz. A menina tem apenas 8 anos.
"a hora de massacrar idílios" é um livro de poesia escrito por Maximiliano da Rosa, que reflete o seu estado de espírito durante a pandemia e o seu luto pela perda de seus pais assim como já aconteceu com seu livro de contos "Ofertas Imperdíveis", atualmente em pré-venda no site da editora Folheando.
O livro contém poemas sobre a poesia, a arte, a dor e a esperança. Muitos poemas são curtos e reflexivos, explorando o próprio fazer poético, e é elogiado por poetas como Everton Luiz Cidade (autor de Cohab Goya) e Antônio Carlos Policer como uma leitura saborosa e reflexiva sobre a vida e a impermanência.
"Escrever. Escrever. Se juntar humano novamente escrevendo. Escrever pisando miúdo na casa vazia.- "Houve uma revoada" - nos diz Maximiliano Da Rosa sobre a vida. A vida de todo mundo no mundo todo. Seu novo livro de poesia é sobre existir. Em lacunas. Ausências. Saudade. Sonolência. Os versos são na em sua maioria curtos. Max parece nos dizer que é vaidade desperdiçar tempo já que é breve a vida. Ele sorve sua dor mas não serve a dor. Aqui ele é um Quintana Tarantino que fez as pazes com a poesia para falar da arte da escrita como bálsamo gentil. Livro para aprender da vida a impermanência.
— Everton Luiz Cidade, músico e poeta (autor de Cohab Goya).
*
"a hora de massacrar idílios" apresenta poemas intimistas, reflexivos em sua maioria, e muito bem construídos. O autor explora o próprio fazer poético sem pejo e nos presenteia com lindas pérolas. Saborosíssima leitura!"
— Antônio Carlos Policer, poeta.
Alguns Poemas do Livro
saudade e sonolência se confundem
saudade e sonolência se confundem
no fim dia
quando só o que resiste à aleatoriedade
é a fadiga
fico à deriva em minhas próprias entranhas
sentimentos tremulando ao vento da desolação e da saudade
*
2021
dois mil e vinte e um
foi aquele ano
aquele
mal tenho coragem para falar dele
dois mil e vinte e um, seu desgraçado
impiedoso
que simplesmente doeu com tudo e todos
maldito ano
*
vida
Bem-vinda vida, vívida
Vivaz
Eu vi a vida desvindo, desviando
Vi o desvario
Avistei
Vil desvalor
Ventania desavisada e vilipêndios
Vilões varonis
Vivência válida
Vírus e vadiagem
Vários devotos
O Autor
Maximiliano da Rosa é escritor, poeta, e desenvolvedor de aplicativos. Nasceu em Novo Hamburgo, RS, em 1973. Atualmente reside em Imbé, no litoral norte do RS, onde idealizou a I Feira de Troca de Livros de Imbé, projeto interrompido pela pandemia. Como escritor destacou-se ao longo da carreira em diversos concursos e prêmios literários. Entre os mais recentes estão a semifinal do II Prémio Internacional Pena de Ouro na categoria Conto e o IV primeiro lugar no IV Prêmio de Poesia Tavorense, ambos em 2021. No mesmo ano foi finalista do Prêmio Uirapuru, que lhe rendeu a publicação do seu segundo livro de contos "Ofertas Imperdíveis". "a hora de massacrar idílios" é o seu primeiro livro de poesia.
Sobre Toma Aí Um Poema
É um projeto que incentiva a leitura e a escrita. Atualmente, eles se definem como uma publicadora de poetas.
As atividades online começaram em 2020 como um podcast de declamação e leitura de poesia diária em língua portuguesa, com aproximadamente 1 minuto. Em 2021, eles evoluíram para uma revista e uma editora, sempre buscando incentivar a publicação e a leitura para todos. Eles têm um compromisso sério com a desverticalização da literatura e a emancipação dos autores.
A editora não cobra nenhum leitor ou autor e busca alternativas de auto sustentação. Ela começou publicando antologias e hoje é uma editora pequenininha que se sustenta sem gerar lucro, sempre com foco no autor e preocupada com a remuneração dos escritores.
Em 2022, eles continuam posicionados como um projeto social de incentivo à publicação e emancipação da literatura, acreditando em um mercado editorial mais justo e sem exploração. Também estão fazendo um trabalho documental para registrar a produção contemporânea no contexto do centenário da Semana de Arte Moderna.
Eles querem mapear, registrar e organizar as impressões sobre o cenário atual da poesia no Brasil para que sobreviva ao futuro. Estão incentivando a comunidade literária a escrever sobre temas atuais como fome, papel da mulher, questões ligadas à identidade de gênero e orientação sexual, entre outros, e realizando entrevistas com autores para obter suas impressões particulares sobre a literatura e a contemporaneidade.
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