A literatura brasileira é mundialmente conhecida por suas narrativas ricas e cativantes. Mas, ocasionalmente, chegam à público histórias que revelam um lado obscuro, inusitado e até bizarro de nossos autores e autoras. Embora possam surpreender alguns, não podemos esquecer que eles são humanos e, como tal, sujeitos a erros e desvios de caráter. Em muitos casos, o comportamento de grandes nomes das literatura brasileira revelam e até quebram a aura de misticismo por trás de seus nomes. Em outros, só confirmam a sua grandeza.

Este artigo explora alguns dos episódios mais peculiares e surpreendentes na vida dos autores brasileiros, oferecendo uma visão única sobre as personalidades por trás das obras que moldaram a cultura literária do país. Desde anedotas inesperadas até momentos de revelação, esses fatos destacam a rica tapeçaria de experiências que influenciam a escrita brasileira.

1. A Morte Trágica de Euclides da Cunha

Euclides da Cunha, autor da famosa obra "Os Sertões", teve uma morte dramática e bizarra. Em 1909, ele foi fatalmente ferido durante um tiroteio em um bordel no Rio de Janeiro. Cunha havia descoberto que sua esposa, Anna Ribeiro, tinha um caso com seu amigo e colega jornalista, Dilermando de Assis. Ao confrontá-los, uma briga violenta se seguiu, resultando na morte de Cunha e de seu rival.

2. A Caligrafia de Machado de Assis

Um fato curioso sobre Machado de Assis é que sua caligrafia era tão ruim que, em algumas ocasiões, ele mesmo tinha dificuldade em ler o que havia escrito. Isso contrasta com a clareza e a profundidade de suas obras, que são estudadas em todo o mundo.

3. Gonçalves Dias e sua Trágica Morte

O poeta Gonçalves Dias, famoso por seu poema "Canção do Exílio", teve uma morte trágica e bizarra. Ele se afogou ao ser esquecido pela tripulação de um navio que o levava de volta ao Brasil. O barco colidiu com um banco de areia, e, em meio ao desespero, a tripulação fugiu, deixando Dias para trás.

4. Graciliano Ramos, o Prefeito que Multou o Pai

Graciliano Ramos, autor de "Vidas Secas", foi eleito prefeito de Palmeira dos Índios, em Alagoas. Durante seu mandato, ele implementou um rígido código moral que proibia a criação de animais na rua. O curioso é que seu pai, Sebastião Ramos, foi multado por criar gado em um terreno baldio, um episódio que gerou risadas e críticas na cidade.

5. O Casamento Bizarro de Oswald de Andrade e Pagu

O escritor modernista Oswald de Andrade teve um casamento inusitado com a também escritora Patrícia Galvão, conhecida como Pagu. Em 1930, durante a lua de mel de Pagu com outro homem, ela fugiu com Oswald. O casal então protagonizou uma cerimônia simbólica diante do túmulo da família de Andrade para registrar a união.

6. Millôr Fernandes e o Apelido Inusitado

O humorista e escritor Millôr Fernandes nasceu com o nome Milton Viola Fernandes. Sua certidão de nascimento, escrita à mão, fez com que seu nome parecesse "Millôr" ao invés de "Milton". Ele então adotou esse apelido inusitado pelo resto de sua vida.

7. A Existência de Gregório de Matos

Gregório de Matos, conhecido como "Boca do Inferno", é uma figura enigmática da literatura brasileira. Sua data de nascimento é incerta, e sua biografia possui muitas lacunas, levando a questionamentos sobre sua real existência. Ele é famoso por sua poesia satírica e crítica social, que permanece relevante na literatura contemporânea brasileira.

8. Olavo Bilac e seus Duelos

O poeta parnasiano Olavo Bilac era conhecido por sua coleção de inimizades. Em 1889, ele duelou com o jornalista João Carlos Pardal Mallet após uma briga. A disputa durou menos de 5 segundos, com Bilac ferindo levemente Mallet na barriga.

9. Guimarães Rosa e o Salvamento de Judeus

O escritor João Guimarães Rosa, quando embaixador do Brasil na Alemanha, falsificava passaportes para ajudar judeus a fugirem do regime nazista. Sua esposa, Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa, conseguia carimbos e assinaturas falsas para liberar a entrada desses refugiados no Brasil. O casal salvou centenas de vidas durante a Segunda Guerra Mundial.

10. Carlos Drummond de Andrade e a Academia

Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores poetas brasileiros, nunca fez parte da Academia Brasileira de Letras, apesar de seu prestígio e reconhecimento. Sua obra é marcada por uma profunda reflexão sobre a vida e a sociedade brasileira, e ele é amplamente estudado e admirado até hoje. Note que outro grande poeta brasileiro, Mario Quintana também nunca fez parte da ABL. No entanto, ao contrário de Drummond, o poeta gaúcho foi esnobado pela Academia.

Essas curiosidades bizarras revelam facetas surpreendentes da vida pessoal de alguns dos maiores escritores brasileiros. Elas mostram que, por trás das obras literárias, existem histórias inusitadas e, por vezes, trágicas sobre seus autores.